À semelhança de anos anteriores e a assinalar a “revolução dos cravos”, teve lugar, no auditório municipal de Montalegre, o concerto da Banda Musical de Parafita. Um pouco por todo o lado decorreram celebrações dos 39 anos do 25 de Abril e também Montalegre recordou a data com festejos alusivos à efeméride. Fernando Rodrigues, presidente da Câmara Municipal, caraterizou a atuação como «muito especial, num dia que nos deixa uma grande alegria, ao reviver tempos antigos de glória».
Tal como sucedeu em anos anteriores, o 25 de Abril foi assinalado em Montalegre. Para além dos festejos matinais, de tarde teve lugar o já habitual concerto protagonizado pela prata da casa: a Banda Musical de Parafita. Com um reportório adequado à quadra, os valores e sons de Abril foram lembrados.
«OS VALORES DE ABRIL SÃO ATUAIS»
O 25 de Abril «trouxe uma vida nova para os portugueses», afirmou Fernando Rodrigues, presidente da Câmara Municipal de Montalegre. Nesta linha, recordou que «houve muito progresso, muito combate à pobreza, o país modernizou-se em infraestruturas, houve maior equilíbrio, democratizou-se o investimento, o interior ganhou muito com o poder local e a saúde e educação evoluíram imenso». A verdade é que «os valores do 25 de Abril são, neste momento, atuais» e hoje «reclamamos, com força e tristeza, como uma das canções que aqui se ouviu: “eles comem tudo, comem tudo e não deixam nada”». Para o número um da edilidade, esta quadra serve para dizer «aos políticos, a quem nos governa, e sobretudo a quem governa a Europa e o Mundo, que devem ouvir a Grândola, porque essa canção diz que o povo é quem mais ordena». É preciso «lembrar que se governa para o povo e não para os mercados, nem para os bancos, nem para os senhores do dinheiro», alertou.
«MERECIAM CASA CHEIA»
Fátima Fernandes, vereadora da educação da Câmara Municipal de Montalegre, lembrou que «já é hábito a Banda Musical de Parafita presentear o público com um espetáculo maravilhoso». Numa metáfora, assumiu que o grupo «representa bem o 25 de Abril», porque se trata de um «aglomerado significativo de pessoas, que se unem, que lutam, que passam sacrifícios e que prescindem do seu bem-estar para dar aos outros». Esse é o «espírito de Abril». Fátima Fernandes lamentou que o «auditório não estivesse repleto, porque esta banda merecia casa cheia».
«EXCELENTE»
Foi um concerto «excelente», assim o definiu o maestro António Coelho, dirigente da Banda Musical de Parafita. Tendo em conta o auditório, lastimou «a fraca adesão do público». O reportório apresentado foi «mais adequado à efeméride, com peças novas».